Estudos científicos apontam para a existência de uma base neurobiológica que sustenta a importância da intervenção precoce e que diz respeito à “plasticidade cerebral” – significa isto dizer que, em idades precoces, o cérebro se comporta de forma mais “moldável”, “permeável” estando, está mais predisposto à realização de aquisições e aprendizagens quando estimulado. Assim sendo, podemos inferir que, quando mais nova for a criança, maior será a probabilidade de responder de forma positiva aos estímulos que recebe.

Sabemos também que ambiente em que uma criança se insere tem uma influência significativa, positiva ou negativa, no desenvolvimento infantil, podendo condicioná-lo e modificá-lo. Os genes e o meio envolvente interagem de forma dinâmica podendo assumir um papel potenciador ou limitador do desenvolvimento. Daí que seja de extrema importância a integração de uma criança num ambiente saudável, estruturado e suficientemente estimulante.

A existência de fatores de risco ou de alterações nas estruturas e funções do corpo podem também interferir negativamente no desenvolvimento da criança, agravando as dificuldades existente ou levando ao surgimento de outras. A identificação precoce é uma das estratégias mais eficazes na minimização das consequências, uma vez que um diagnóstico atempado e preciso conduz a intervenções mais adequadas e adaptadas a cada criança.